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O sol portenho no verão não e fácil. É forte e está agravado pelo calor do asfalto. Às vezes fica pior pela quantidade de polução, muito carro e ônibus pelas ruas. A pesar de ser uma cidade costeira, Buenos Aires não tem praias que nem o Rio de Janeiro (tirando as diferenças). De novembro a final de fevereiro, as praças portenhas mudam profundamente de visual. Assim que o sol começa aparecer, as praças começam a ser povoadas por biquínis. Por muitos biquínis e piqueniques. A mulherada deita que nem lagarto a pegar o sol da cidade. E no final de semana as praças lotadas parecem mais a praias verdes sem mar, um sem-fim de anfiteatros sexys. Particularmente, nos dois últimos meses do ano é quando as praças ficam lotadas. Todos querem estar bronzeados e prontos para as feiras de janeiro. Maluco, pegar sol na cidade antes de ir a praia a pegar sol. Costumes urbanos.

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Sempre me chamou atenção o amor ao sol de algumas meninas. Si olhamos uma praça durante todo o dia no verão, o sol começa num ponto da praça, e aos poucos começa a se mover até o outro ponto da praça. Assim todas as meninas, com suas cangas e livros, vão acompanhando até que o sol as despede da praça. Terminam todas juntas numa esquina tentando pegar o ultimo suspiro do sol do dia. Assim, fim do sol, volta a casa.

A atitude da garotada é muito boa. Elas saem dos apartamentos com alto astral em busca do sol, levam canga, livros, revista tipo tititi, e mate para passar o dia. Os biscoitos são chaves para o chimarrão da tarde: pode ser o 9 de oro ou Don Satur. Nas praças parece existir um sem-número de piqueniques. Todas levam garrafas de agua, mas para se molhar aos poucos. Alguns levam musica com alto falantes, mas em geral o MP3 está em quase todos os ouvidos. De só olhar, da pra perceber que muitas meninas estão em grupos.

Mas na semana, quando o centro fica abafado pelo calor e o sol está quebrando a terra, no horário do almoço se pode ver uma infinidade de pessoas tentando pegar um pouco de sol por alguns minutos. O engraçado não é só pegar sol por segundos, mas como se pega o sol. Por exemplo, na praça do obelisco, coração do centro, fica lotado com pessoas conversando e pegando um pouco de sol. Outros, nas praças lotadas se juntam no lugar onde aparece um raio de felicidade. Mas como todos estão com roupas de trabalho, ternos, vestidos, caças e camisas com botões, alguns deixam o paletó na grama e deitam um pouco, e outros, tiram a camisa. As mais ousadas tiram a camisa e ficam em sutiã. Em fim, todo por um pouco de sol nos escassos minutos livres do almoço. Assim, o centro da cidade muda de cenário e emergem pessoas malabaristas tentando pegar sol em lugares impensáveis em posições impossíveis.

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Faz pouco tempo o governo da cidade criou algumas áreas especificas “Buenos Aires Playa”. Tem dois tipos de praias criadas pelo governo: um tipo são as praças normais onde você pode pegar um guarda-sol, uma cadeira e passar o dia lendo, tomando mate e biscoito. O espaço é delimitado pelo governo e tem sete delas. Para saber onde ficam pressione aqui. O Outro tipo são caprichadas e parecem realmente uma praia: tem duas, uma fica no sul da cidade no Parque Roca, e outra fica no norte, no Parque de los Niños. As duas realmente tem tudo para ir a tomar sol e sentir-se que se esta na praia. Tem areia, guarda-sol, cadeiras, enfermagem, segurança, parking, etc. Até duchas tem. Em fim, a praia, mas na cidade.

Como toda metropolis, Buenos Aires muda seu visual em verão. As pessoas usam e abusam das praças verdes. Assim, sentadas no verde as pessoas se liberam um pouco do longo ano e começam a sentir o período de férias a pesar de estar trabalhando. Tão profunda é a costume das praias verdes, que o governo da cidade criou espaços com mais comodidade e cuidados. Mesmo assim, o habito de pegar um solzinho nas praias verdes portenhas é uma costume que todos os verãos nos salva um pouco de morrer de calor, e muda o humor das pessoas. Nada mais bonito que ver pegar sol no centro da cidade. É um ato de amor a vida, de sobrevivência urbana.

Até a próxima!